Na história da humanidade, detrás de uma aparente ideologia de
libertação e justiça humana, sempre se encontra a destruição do bem e do
direito. É isso que se constata ao se analisar cada revolução encabeçada por
aqueles que pretendiam servir o povo, instalarem o “Governo do Povo”.
Tendo em vista, segundo alguns, que a análise de determinada situação
pode sofrer prejuízo, se não for vivenciada, na verdade, se obtêm uma vantagem
ao verificar os fatos apurados pela história sob uma visão global dos
acontecimentos. Segundo Platão, “O
homem inteligente aprende com seus próprios sofrimentos; o homem sábio aprende
com os sofrimentos alheios”. A história e a experiência podem, sim,
proporcionar uma visão confiável daquilo que não se sente na pele. Na história
da humanidade o povo tem experimentado, mas não percebido o que realmente lhe
acontece.
Vejamos alguns exemplos daquilo que se
pretendia de imediato, que com o desenrolar dos fatos não se alcançou, mas se
transformou no oposto das intenções de liberdade e justiça prometidas às
grandes massas:
A grande nação chinesa passou por muitos
movimentos e conflitos, internos e externos, e desde o início do século XIX, nos
momentos antecedentes à Revolução Chinesa, iniciou-se ações, de momento, como as
inglesas e a instauração da Companhia das Índias Ocidentais favorecendo uma
estrutura em busca de alguns objetivos, mas não os de auxilio ao povo, que mais
tarde tem a participação do Japão, da antiga URSS, e até EUA. A partir daí (é
claro que se trata de uma história mais recente da China), desenrola-se a busca
pelo principal alvo – aquele de enriquecer explorando o potencial de
territórios alheios e às vidas ali existentes, que se iniciou desde que o mundo
é mundo, que se intensificou com o mercantilismo do século XIV, passando ao
imperialismo – do qual a China é uma das vítimas, que culmina com o capitalismo
atual. Nunca é demais lembrar que o custo desses movimentos exploratórios
sempre foi milhares de vidas ceifadas; e em alguns casos povos inteiros, sob o
uso desonesto das forças populares.
Essa história não é só da China, de
Mao-Tse-Tung que se intitulava “O Grande Timoneiro” e seus partidários que continuam a
sustentar que ele foi responsável por uma série de mudanças positivas que
vieram à China durante seu governo de três décadas. Estas incluíram a
duplicação da população escolar, proporcionando a habitação universal, abolindo
o desemprego e a inflação, aumentando o acesso dos cuidados a saúde, e elevando drasticamente a expectativa de vida
(Origem:
Wikipédia, a enciclopédia livre); mas que fazem vista grossa para a
opressão causada pelo regime comunista. No caso da China, ainda hoje é fechada; embora
tenha certa abertura ao mercado e a outras culturas, é controlada em tempos atuais
com mão de ferro ao ponto de limitar o acesso ao Google e Facebook, para ter
uma ideia. Esse é o resultado que se tem!
Se o pano de fundo sempre foi exploração
dos mais “fracos” por partes dos mais “fortes”, por outro lado, historicamente,
os líderes que pretendiam mudar tal realidade de seu povo explorado não puderam
constatar posteriormente os resultados de suas ações, mesmo assim usaram seu
povo para alcançar suas próprias intenções, e é claro que alguns tiveram
sinceridade em seus feitos, contudo não alcançaram o pretendido. Portanto, são
responsáveis. Conquanto, as gerações futuras têm condições e a obrigação de analisar
os fatos a fim de não incorrer nos abusos do passado. Enquanto defendiam
políticas populares e distribuíam terras aos mais pobres, ditadores conquistavam
o apoio do povo; a mesma gente que mais tarde se via oprimida e controlada
pelos seus pretensos libertadores, e nem se quer deu conta de que eram usados
para certos fins egoístas e pessoais.
Essa história também é da URSS, de Lênin e
Stalin; como também de Cuba, de Fidel Castro – de medicina de admirada e
educação priorizada, mas de um povo desigual e oprimido; da Alemanha liderada
por Hitler e seus assassinatos em massa, tudo em nome de uma nação superior
livre do Ocidente capitalista; da América Latina e seus revolucionários,
Lampiões e “Robin Hoods”, foras da lei e justiceiros. Na verdade, pouco
conseguiram mudar.
O que se pretende aqui não é afirmar que o
governo não deva ser para o povo, que a Educação, ou a Saúde, ou qualquer outro
setor não precise de investimentos pesados. A proposta é analisar e entender o
que se mistura aos ideais e o que os manipula gerando um resultado oposto ao
que se usa como pretexto.
Veja-se a Ditadura no Brasil. Quem é a
favor da Ditadura no Brasil? Acho que ninguém em sã consciência a desejaria de
volta. Mas, apesar do que ela significou de fato, também encontramos alguns
fatos positivos. Foi nesse período que as primeiras hidrelétricas foram
instaladas, as extensas rodovias como a Transamazônica, embora inacabada na região Norte, que
corta 7 estados brasileiros - Paraíba, Ceará, Piauí, Maranhão, Tocantins, Pará
e Amazonas - pode ser vista da lua, no meio da maior floresta tropical do mundo
e ferrovias foram aprontadas, o que facilitou o
transporte entre estados, sem esquecer das indústrias pioneiras, a instituição
do Congresso (Goulart), entre outras coisas como fechar as portas do País para
o comunismo cubano. Contudo, tal regime político foi marcado pelos AIs (Atos
Inconstitucionais), censura, assassinato, e outros crimes contra o povo. Mas
até a cruel ditadura no Brasil tem coisas boas.
O fato é que se usa, historicamente, por
parte dos manipuladores o “bom” como justificativa para o “mal”. Não é
necessário esforço para lembrar os argumentos Norte-Americanos para invadir o Kuwait,
por exemplo. O pretexto era libertar o povo da opressão de Saddan Russein, mas
o que se percebe no final é o interesse pelo petróleo daquela região e, de uma
forma mais profunda, enraizar o capitalismo no Oriente; ou ainda, iremos apagar
dos registros da história o famoso “pão e circo” de Roma, que distribuía vinho
e pão aos expectadores de milhares que eram crucificados e atirados às feras
para fazer a população esquecer que vivia sofrida e sugada, para custear a
luxúria dos governantes.
O que dizer então das revoluções Francesa e
Industrial? Enquanto esta última proporcionou avanço tecnológico ao ponto de
fazer surgir inúmeras invenções, mudança na cultura e na sociedade, no fim
favoreceu o enriquecimento de poucos e o empobrecimento de muitos através de um
aprofundamento nas diferenças de classes. Tem benefícios, mas esses se tornam
menos úteis face à desvalorização das pessoas. Já a primeira, foi talvez a mais
falsa intenção ideológica de todas em relação ao que se prometeu e não se
colheu. Trouxe muitas mudanças que inclusive se ramificaram influenciando todo
o mundo. Tal movimento aniquilou a servidão e os direitos feudais e proclamou
os direitos universais “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, que fundamentam
as Leis em quase todos os países do globo. O Iluminismo de Voltaire, Diderot, Montesquieu, John Locke, Immanuel Kant e outros, sem dúvida combateu o absolutismo a Monarquia
e defendeu uma liberdade, mas que em tempos atuais serve de base para defesa do
direito de alguns e desrespeito ao direito de outros. Por exemplo,
independentemente da discussão sobre o certo e o errado, no caso da união entre
pessoas do mesmo sexo, certamente os que desejam ter esse direito de fato o
têm; que lutem por ele, isso não quer dizer que estejam com a razão, mas têm o
direito de lutarem pelo que desejam; contudo, no tocante aos que discordam, não
podem ser impedidos de dizerem o que pensam sobre o assunto. Se há liberdade de
expressão, com bases iluministas e de Leis, por que não se pode discordar? Por
que não se pode opinar? Será que o resultado da liberdade é só para alguns, ou
ela é usada para alguns fins e outros não? O fato de opinar, mesmo que esteja
exercendo o respeito ao ser humano, faz de alguém com outro ponto de vista um
“homofóbico”? E isso não é só com esse assunto.
Poderíamos passar uma vida argumentando, mas permitam-me
apenas mais um exemplo:
O que se passa com esse movimento nas ruas do Brasil? O que
pretendem os manifestantes? Defendem o quê? Quem são esses que estão nas ruas?
A história do País mostra que mesmo quando o povo foi às ruas
lutar pelas “diretas já” e conseguiram o direito ao voto direto, nossa geração
tem vivido o “voto de cabresto” disfarçado. Aquele que é de direito, mas não se
sabe o que fazer com ele. A estratégia continua igual a anterior, só que hoje a
manipulação é direcionada ao povo. Como ele não recebe educação; quando não
recebe saúde; não recebe justos salários; quando não estão empregados, sonham
com mudança. Como não estão preparados para ela, e como fazê-la, vendem-se à
falsa esperança! Quando pediram o impeachment de Collor, foram às ruas, e
acreditaram que algo havia mudado, mas os anos seguintes mostraram que a
corrupção não tinha acabado e que a educação não melhorou grande coisa, o mesmo
se deu na saúde. No fim, viram-se manobrados. Falsa esperança! Essa é a
manipulação de massa. Apresenta-se o que é desejado, promete-o, propaga-o, mas
no fim não o dá. O resultado é o surgimento de novas esperanças que também não
são supridas; vira uma grande roda gigante!
Novamente estão nas ruas. O que mudará? Segundo a análise da
Dra. Denise Paiero, atuante no Núcleo de Estudos de Gênero/Raça e Etnia – GERE
– Mackenzie, e no Centro Interdisciplinar de Semiótica da Cultura e da mídia –
PUC/SP (estudante), não há garantias disso:
“A
manifestação é pacífica embora existam alguns que não estão lá para
protestar... Essa é uma geração que cresceu atrás do computador e descobriu, de
repende, que as ruas têm força, é um modo de se mostrar... É um movimento
apartidário... mas para onde eles vão depois? Eles foram às ruas, e agora? O
que se faz com isso? Qual a direção? Eles não têm uma unidade a respeito do que
estão protestando. Levam cartolinas e escrevem coisas nelas na hora... O perigo
é que uma multidão sem direção pode ser usada como massa de manobra...” (Band
News) 19/06/2103, às 18:29.
É preciso uma reflexão. Alguém pode dizer:
"o verdadeiro conhecimento coloca os homens acima de toda a
lei", que "todos os pecados cometidos são inocentes", pois
"o que quer que seja, está certo", e "Deus não condena".
Assim,
declara ele a todos os homens: "Não importa o que façais; o Céu é vosso
lar vivei como vos aprouver." Multidões são levadas assim a crer que o
desejo é a lei mais elevada, a libertinagem é liberdade, e que o homem é apenas
responsável a si mesmo.
Com tal
ensino dado logo ao princípio da vida, quando os impulsos são os mais fortes, e
mais urgente a necessidade de restrição própria e pureza, onde está a
salvaguarda da virtude? O que deverá impedir que o mundo se torne uma segunda
Sodoma? {Ed 228.1}
Ao mesmo
tempo a anarquia procura varrer todas as leis, não somente as divinas mas
também as humanas. A centralização da riqueza e poder; vastas coligações para
enriquecerem os poucos que nelas tomam parte, a expensas de muitos; as
combinações entre as classes pobres para a defesa de seus interesses e reclamos,
o espírito de desassossego, tumulto e matança; a disseminação mundial dos
mesmos ensinos que ocasionaram a Revolução Francesa — tudo propende a envolver
o mundo inteiro em uma luta semelhante àquela que convulsionou a França. {Ed 228.2}
Tais são as
influências a serem enfrentadas pelos jovens hoje. Para ficar em pé em meio de
tais convulsões, devem hoje lançar os fundamentos do caráter. (EGW,
Educação. 228.).
Em outro texto da mesma escritora
encontramos:
O bulício e a confusão que enchem essas cidades, as
condições que nelas criam as uniões trabalhistas e as greves, tornar-se-ão
grande desvantagem para a nossa obra. Buscam os homens conseguir que os
elementos empenhados em diferentes profissões se filiem a certas uniões. Esse
não é o plano de Deus, mas dum poder que não devemos jamais reconhecer. A
Palavra de Deus se está cumprindo; estão-se os ímpios ajuntando em molhos,
prontos para serem queimados.
Vivemos em meio de uma epidemia de crime, diante da
qual ficam preocupados os homens pensantes e tementes a Deus em toda parte. A
corrupção que predomina está além da descrição da pena humana. Cada dia traz
novas revelações de conflitos políticos, de subornos e fraudes. Cada
dia traz seu doloroso registro de violência e ilegalidade, de indiferença aos
sofrimentos do próximo, de brutal e diabólica destruição de vida humana. Cada
dia testifica do aumento da loucura, do assassínio, do suicídio. Quem pode
duvidar que agentes satânicos se achem em operação entre os homens, numa
atividade crescente, para perturbar e corromper a mente, contaminar e destruir
o corpo? (Conselhos para Saúde, 25 - EGW)
Outro
exemplo: Nunca devemos esquecer como os judeus receberam a Jesus. Eles queriam
uma libertação de um império opressor para serem dirigidos por um rei nesta
terra, satisfazendo os seus interesses de forma que os tornasse uma nação
livre. Mas o que Deus prometeu foi um libertador do pecado, da sentença de
morte eterna, que daria uma paz interior superior à falsa esperança terrena, que
voltaria e reinaria eternamente; por não crerem, os judeus foram rejeitados. “Deixo-vos a paz, a
minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá.” João 14:27. Estas são as
palavras de Jesus Cristo: “Meu Reino não é deste mundo...” E, “ Não se turbe o
vosso coração; credes em Deus, crede também em mim...Virei outra vez, e vos
levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.”
Aconteça o que
acontecer neste mundo a promessa de Cristo se cumprirá. No caso dos Judeus, não
seguiram os conselhos de Cristo e viram Roma destruir Jerusalém, no ano 70 d.C.,
com cerca de 1 milhão de mortos, segundo Flávio Josefo (historiador do primeiro
século e testemunha ocular do massacre). Há uma esperança genuína que muitos
não compreendem e sofrem com o engano e a manipulação. Quando seguidores de
Jesus se misturam em atividades populares embebidos com falsas esperanças de
mudança, perdem de vista a Sua promessa, e não estão diferentes aos judeus do
passado. Mas o Mestre disse “cuidado pra que ninguém vos engane” Mat. 24:3.
Sem margem para
erro, o Senhor encoraja a todos que desejam um Reino superior a confiar nEle,
depositando sobre Jesus não apenas suas ansiedades e tristezas, mas a sua
confiança. Este mundo só ficará pior. Sob uma falsa promessa de paz não verá
soluções por suas próprias forças. A História tem provado isso, e a Bíblia diz “ Pois
que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina
destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum
escaparão. 1 Tess. 5:3.
Outras fontes:
Voltaire. Info Pensador. Página visitada em 3 de fevereiro
de 2012.
A Revolução Francesa. História do Mundo - Educa Terra, Terra.com.br. Página visitada em 2 de
maio de 2011.
SOUZA, Osvaldo Rodrigues de. História Geral São Paulo:
Editora Ática, 1990. ISBN
85-08-02735-5
Bíblia Sagrada
JOSEFO, Flávio – The war of th Jews.
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